Paul Graham
Paul Graham | |
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Nascimento | 13 de novembro de 1964 (59 anos) Weymouth (Reino Unido) |
Cidadania | Reino Unido |
Cônjuge | Jessica Livingston |
Alma mater |
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Ocupação | programador, capitalista de risco, ensaísta, escritor, jornalista, cientista de computação |
Empregador(a) | Interleaf, Yahoo! |
Obras destacadas | Hackers & Painters, On Lisp, Arc, Hacker News, Y Combinator |
Página oficial | |
https://paulgraham.com | |
Paul Graham (Weymouth, Inglaterra, 1964) é um programador Lisp, investidor e ensaísta. Ele escreveu On Lisp (1993), ANSI Common Lisp (1995) e Hackers & Painters (2004).
Em 1995, Graham e Robert Morris fundaram a Viaweb, o primeiro application service provider. O software da Viaweb (escrito principalmente em Common Lisp) permitia que os usuários construíssem suas próprias lojas virtuais. No verão de 1998, a Viaweb foi vendida para o Yahoo! por 455.000 ações da carteira do Yahoo!, avaliadas em USD$ 49,6 milhões[1]. Após a aquisição, o serviço tornou-se o Yahoo! Store.
Biografia
[editar | editar código-fonte]Nascimento e Educação
[editar | editar código-fonte]Paul Graham nasceu 13 de novembro de 1964[2] em Weymouth[3], uma cidade litorânea de Dorset, Inglaterra. Ele é formado na Universidade Cornell em Ithaca, cidade de Nova Iorque, Estados Unidos. Em Cornell, Paul obteve um bacharel em humanidades (filosofia) no ano de 1986.[4]
Ele continuou os estudos em Harvard, onde obteve mestrado (em 1988) e doutorado (em 1990) em ciências aplicadas com especialização em ciências da computação. Paul também estudou pintura na Academia de Belas Artes de Florença e na Escola de Design de Rhode Island.[4]
Empresas
[editar | editar código-fonte]Em 1995, Graham e Robert Morris criaram uma empresa de Software como serviço chamada Viaweb, considerada a primeira empresa Software como serviço, a empresa foi comprada pelo Yahoo em 1998 e foi renomeada Yahoo Store. [5]
Em 2005, Jessica Livingston, Paul Graham, Robert Morris e Trevor Blackwell fundaram a empresa Y Combinator, outra pioneira em seu ramo. Y Combinator é uma Incubadora de empresas e desde sua criação, já "incubou" mais de 800 startups, entre elas Airbnb e Dropbox.
Ensaios e Livros
[editar | editar código-fonte]Desde 2001 Paul vem publicando ensaios regularmente em sua página. Paul é autor em livros de linguagens de programação Lisp (em 1993) e ANSI Common Lisp (em 1995). Ele também publicou uma coleção de seus ensaios, Hackers & Painters (em 2004).[5]
Ensaios
[editar | editar código-fonte]Em seus ensaios, Paul Graham trata de assuntos diversos, existem ensaios sobre a linguagem de programação Lisp, fundação de startups, até sobre convívio social de adolescentes em escolas de ensino médio.[6][7][8]
Sobre Lisp
[editar | editar código-fonte]Graham fala em um de seus ensaios, "Beating the Averages", sobre o uso de Lisp na época da criação de sua empresa Viaweb. O uso da linguagem Lisp era já difundido em universidades e em centros de pesquisa, mas seu uso em empresas era limitado, reduzido. No ensaio Paul fala sobre como programadores conhecem uma linguagem de alto nível, e tem uma tendência de se acomodar no uso da mesma.
Quando esses programadores se deparam com uma linguagem nova, mais poderosa, acabam a considerando muito carregada de funções, desnecessária. Se valendo dessa vantagem (Paul e seu parceiro conheciam bem Lisp) a empresa foi capaz de se manter sempre a frente da concorrência.[6]
Linguagem Blub
[editar | editar código-fonte]Nesse ensaio também foi cunhado o termo Blub. Blub é uma linguagem hipotética, considerada um "meio-termo" no espectro das linguagens de baixo até alto nível. O paradoxo Blub é que o programador que usa Blub enxerga as linguagens de nível mais baixo que Blub como incompletas, precisam de muita programação extra por falta de uma funcionalidade X de Blub, então Blub é a melhor escolha. Linguagens com nível mais alto que Blub são desnecessárias, o programador "pensa" em Blub. Já um programador de uma linguagem de nível mais alto enxerga Blub como incompleta por não ter funcionalidade Y.[6]
Sobre Startups
[editar | editar código-fonte]Paul Graham afirma que a diferença entre startup e uma empresa comum, startups são criadas para crescimento rápido. Não é só esforço da equipe e sorte que causam o crescimento vertiginoso, caso essa fosse o único requisito, não existiria necessidade para a criação do termo.
A afirmação é apoiada pela ideia de que uma empresa necessita basicamente de dois itens para atingir crescimentos bruscos:
- Criar um produto que é desejado por muitas pessoas
O produto deve resolver um problema de um grande número de pessoas. Um software criado para ensinar tibetano para falantes do húngaro é um produto que pode ser servido a maioria dos que desejam esse produto. O número de usuários é limitado.
- Atingir e servir todas as pessoas que desejam esse produto
O produto deve atingir a população que o deseja. Uma barbearia é um exemplo de produto que é desejado por muitas pessoas, o corte de cabelo. Nesse caso o problema é servir a todos, os usuários que têm acesso a uma barbearia são usuários locais, raramente uma pessoa viaja em busca de um corte de cabelo. Há um problema para servir todos os usuários. A maioria das empresas é restrita por um dos dois itens, a diferença entre essas empresas e startups de sucesso é que as startups não são restritas e podem atingir os dois.[7]
Sobre Nerds
[editar | editar código-fonte]Em um de seus ensaios, Paul discute as relações sociais de adolescentes no colégio. Há uma classificação dos alunos do colégio de acordo com a popularidade. Sendo os mais populares classificados como A e os menos populares classificados como E, as classificações dos que sentavam na mesma mesa para o almoço são se popularidade semelhante. Paul era, na própria classificação, classificado como D.
Paul fala da correlação entre ser inteligente e ser nerd, também fala da correlação inversa entre ser nerd e ser popular. Dessa maneira criando uma ideia de que ser inteligente faz com seja impopular. Isso é questionado já que um aluno inteligente deve ser capaz de descobrir como funciona o sistema de popularidade e manipulá-lo a seu favor. Outra teoria é a de que alunos inteligentes são impopulares pois causam inveja nos que não são considerados da mesma forma.
A conclusão de Paul é a de que a qualidade de ser inteligente não é tão valorizada quanto aparência física, carisma ou habilidade em algum esporte, o que realmente acontece é que ser popular não é o interesse dos alunos inteligentes. Os alunos inteligentes desejam mais o aprendizado de algum assunto como escrever bem, programação de computadores, circuitos eletrônicos, etc.[8]
Referências
- ↑ «Press-release do Yahoo!». Consultado em 10 de maio de 2007. Arquivado do original em 1 de julho de 2007
- ↑ «Library of Congress Name Authority File»
- ↑ «Post no Hacker News»
- ↑ a b «Bio de Paul Graham»
- ↑ a b «Página Pessoal de Paul Graham»
- ↑ a b c «Beating the Averages, ensaio de Paul Graham»
- ↑ a b «Startup = Growth, ensaio de Paul Graham»
- ↑ a b «Why Nerds are Unpopular, ensaio de Paul Graham»
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]Por Paul Graham
[editar | editar código-fonte]- (em inglês)-Página oficial de Paul Graham
- (em inglês)-Blog de Paul Graham
- (em inglês)-Ensaios de Paul Graham
- (em inglês)-Áudio: Grandes Hackers
- (em inglês)-Áudio: O que os negócios podem aprender do Open Source
Sobre Paul Graham
[editar | editar código-fonte]- (em inglês)-Paul Graham Nails It
- (em inglês)-A resposta de Paul Graham para o spam em e-mails
- (em inglês)-Entrevista em Techcrunch